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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nossa voz e nosso corpo

Jesualdo Freitas (*)
Vou registrar aqui o fenômeno da nossa voz que surge sempre quando nós e nossos alunos começamos a nos ouvir em gravação e estranhamos a nossa voz.
O corpo tem riquezas e estamos sempre nos conhecendo. Quando ouvimos nossa voz a ouvimos pelo som captado pelos nossos ouvidos e também por toda a estrutura do nosso crânio. Lembrando que o som se propaga mais e melhor no sólido, e para este caso os nossos ossos do ouvido, e da cabeça e inúmeras outras estruturas são condutores do som. Portanto ouvimos nossa voz vindo de fora de nós e também de dentro de nós.
Quando nos ouvimos por gravação estranhamos nossa voz, por que estamos ouvindo-a somente pelo nosso ouvido e percebemos o som se propagando pelo ar.
De tal maneira sempre será diferente para nós a nossa voz vinda de outra fonte. Disto resulta que todas as pessoas não ouvem sua voz como todas as outras pessoas a ouvem. Com isso, nós não achamos tão estranho a voz dos outros quando em uma gravação. Já a nossa sempre notamos estranha.
Considerando ainda que uma gravação é realizada num equipamento e também reproduzida em um equipamento nunca será totalmente natural, e ainda há que se considerar que o equipamento que gravou pode não ter perfeita qualidade (considerando o gravador e o microfone), e, o equipamento que reproduz a nossa voz pode não ter uma excelente qualidade (nas caixas de som, no amplificador, etc). Para melhorar esta percepção, é interessante nos ouvirmos com um fone de ouvido que geralmente oferece melhor qualidade de áudio e também isola outros sons no momento de nos ouvirmos.

Aproveitamos para apresentar uma dica apresentada no último sábado em uma Formação da Região Leste intitulada: “ENSINAR E APRENDER NO MUNDO CONTEMPORÂNEO: DIÁLOGOS COM A NEUROCIÊNCIA”  em que uma das convidas a Profª Esp. Andréia Gonçalves em sua fala sobre outras questões que não a abordada aqui apresentou um importante instrumento, simples e viável para se reconhecer este fenômeno que podemos aproveitá-lo em nossas atividades de desenvolvimento de locução e conhecimento do corpo no fazer rádio. Propôs que se construa com pequeno pedaço de cano PVC e dois joelhos PVC, uma espécie de fone de telefone, em que a pessoa e no caso, especificamente o aluno, fale ou leia textos ouvindo sua voz. Entre outras possíveis descobertas através deste exercício ocorrerá uma melhor familiarização no reconhecimento de sua própria voz.
É uma interessante experiência que pode contribuir bastante com o fenômeno de acharmos estranha a nossa voz fazendo com que nos reconheçamos melhor.
(*) Professor e Radialista.

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